Os abdominais são um grupo muscular, composto por quatro pares de
músculos, dos mais profundos para os mais superficiais são: transverso do
abdómen, pequeno oblíquo, grande oblíquo e recto abdominal. A acção destes
músculos é de extrema importância, dividindo-se em funções mais gerais -
protecção e suporte de conteúdo abdominal, manutenção de uma pressão
intra-abdominal adequada, respiração e esvaziamento do conteúdo abdominal - e
em funções mais específicas – mobilidade do tronco e da bacia, consequentemente
o treino destes músculos é de extrema importância, não só a um nível estético
mas também a nível funcional e numa perspectiva da saúde.
O treino destes músculos é bastante frequente, sobretudo pelas
suas consequências estéticas, mas nem sempre é feito da melhor forma. Uma das
principais falhas no treino abdominal é a falta de estimulação do transverso do
abdómen, músculo este que é bastante importante ao nível estético para definir
a cintura e com mais importância ainda ao nível de saúde na estabilização do
tronco e da bacia e em outras funções vitais, já referidas acima. Outro dos
erros também mais frequente é a realização excessiva de repetições. O músculo
abdominal, é um músculo como todos os outros como tal, o seu treino rege-se
pelos mesmos princípios – sobrecarga[1],
progressão[2],
continuidade[3].
O trabalho abdominal numa primeira fase deve ser começado pela estimulação do transverso do abdómen já que é este que permite fixar a bacia.Dito isto o treino abdominal não deve ser feito à custa de milhentas de repetições normalmente sempre do mesmo exercício e estimulando a musculatura abdominal sempre da mesma forma.
[1]
Sobrecarga: para
que existam adaptações no músculo a força produzida deverá ser superior ao
nível de força a que o músculo é sujeito no dia-a-dia
[2]
Progressão: a carga deve ser adaptada ao nível de
evolução do músculo
[3]
Continuidade: para que as adaptações permaneçam é
necessário que o treino seja continuo e sistemático